Poema (01)

Ampliando um pouco os limites do blog, vai um post diferente, um poema meu:

Widening the limits of the blog a bit, here goes a different kind of post, a poem of mine (in portuguese):

 

Agora,

Neste fortuito momento,

Te tenho aqui.

Passaram-se estações.

Caíram as folhas,

E caiu a neve.

Sem que nos tocássemos

Nem que nos víssemos.

Mas agora, neste fortuito momento,

Minha vida olha, e se reflete,

Nestes teus olhos escuros, acastanhados.

Eles me absorvem, como um buraco negro.

Mas o pouco que resisto,

Faço por breves momentos.

Sou englobado,

Mergulho,- Sou Sugado.

Alcançando o mais profundo que conseguir.

Quero chegar em seu Cerne,

E lá,

Adentrar e morar.

 

Seus cabelos negros

Me acariciam.

Sua cabeça levemente recosta-se sobre meu peito,

Como dever ser.

“Que pensas?”

Me indago.

E me respondo que és,

Completa.

Não és teu braço,

Mas és toda.

Não és teu cabelo,

Mas és toda.

Cada ação tua é um fim em si mesma.

Se não parecem assim para ti, são assim ao menos para mim.

Para quê tal interrogação?

“Que pensas?”

Futilidade minha.

 

Por Eduardo Henrique Martins

By Eduardo Henrique Martins

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